quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Horizonte :]

Passado alguns  dias viajando com minha prima, finalmente estou em casa. O finalmente não quer dizer que a viajem foi ruim ou algo do tipo, foi até muuuuuito boa por sinal. Mas dizer "em casa" soa pra mim de maneira aconchegante, como refúgio, como lugar onde posso pensar e pesar os acontecidos. Por ser meio nova nisso de viajar sozinha, de tomar atitudes importantes e de resultados prolongados para meu futuro e/ou coisas parecidas, necessito de parar para processar essas informações. E em "finalmente em casa" tenho essa sensação proporcionada.
Depois de tanta festa, tanta zoação, tantos fatos, uns demasiados tristes, parei. Deixei minha prima meio de lado, já não conseguia mais acompanhar seu ritmo kk, e fui fazer uma coisa que não posso fazer sempre, e com tudo o que estava acontecendo estava  deixando a oportunidade passar: admirar o oceano. É. Admirar. Só admirar.
Fiquei ali horas sentada, inercie e sozinha. Meu celular tocou, pensei em nao atender,mas vi que era minha mãe. Se não atendesse meia hora depois ela estaria ali (sim,ela pegaria o carro e iria atras de mim). Atendi então, pro bem geral. Papo vai, papo vem, e booom. A bomba que estava faltando.
- Filha, eu e seu pai estávamos falando sobre seu cursinho, sua escolha de curso superior. Aproveita que você está por aí, pensa direitinho ... Quem sabe aquilo que seu pai te disse não faz sentido? Ele merecia isso, você não acha meu bem?
E ela conseguiu acabar com minha paz interior.
A proposta era fazer medicina.
Medicina? Eu? Lógico, ninguém nasce sabendo da vocação que tem, e muito ao menos aos 15 anos quase 16 pode ter a certeza absoluta que isso será a coisa certa a fazer... Mas ter certeza de algo agora não seria má ideia .... E é complicado pensar em algo assim quando já se tem ideia formada sobre outra coisa. Eu queria realmente fazer a vontade do meu pai, mas não sei se conseguiria dessa vez.
E no meio desse conflito todo, meu celular toca outra vez. Era meu primo.
- Juliana, sabe o Léo irmão do Alex, que morava perto da sua casa?
- Claro que sei! O que houve?
- Acabou de cair de moto. Vai ser enterrado amanha a tarde.
    -  .....

Sem palavras.
Já deu pra notar que meus primeiros dias de 2012 foram bem agitados né?
Voltei a reflexão. Mesmo sabendo de uma morte banal daquele jeito, de uma proposta absurda da minha mãe, não havia nada que eu podia fazer naquele momento. E acabei tendo uns pensamentos bem poéticos seguindo a paisagem que me rodeava .
 Fiquei imaginando se em algum ponto do universo céu e mar se encontravam mesmo. Coisas da imaginação rs.
Mas mesmo sendo imaginação, cheguei a conclusão que na imensidão de ambos, de certa forma em algum ponto material eles se difundem. Comparei então com a vida,quando não sabemos quando sonho e realidade irão se "fundir". Aí notei que no horizonte,lá no finalzinho eles estão lado a lado, formando a delirante paisagem.
Então seguindo nas comparações e acontecimentos, decidi fazer da minha vida um horizonte, vou conciliar sonho e realidade, mesmo com as turbulencias do mar. Aproveitando uma frase de musica "After Hurricane comes a Rainbow" ( depois do furacão vem o arco iris), O furacão vai passar, e eu espero pelo melhor que vem depois.

E com esse pensamento, termino esse post recordando a imensidão azul, e pensando na imensidão de possiblidades para o  meu futuro que se aproxima a cada segundo. E só pra lembrar, amanha é meu aniversário ! kkkkkk, que venha os 16 *---*

beeijos,Juzinha.


2 comentários:

  1. Nossa, tanto acontecimento pra pouco 2012!

    E é incrível que no meio desse turbilhão, voce consegue ainda enxergar as coisas bonitas da vida...

    Não há como cada vez mais não ficar mais encantado por ti, Dona Juuly rs.
    E também admirar o fato de tão nova voce saber exatamente o que quer seguir no futuro...

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  2. Congratulations!
    O que eu tinha que te falar, eu já te falei.
    Muito bom! Valeu.

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